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Primeira vez que será feita uma reforma tributária na democracia, diz Lula

O presidente Lula disse ainda, nesta quinta-feira (6/7), que a reforma não é o que ele ou integrantes da equipe econômica queriam, mas frisou a importância de negociar com o Congresso
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 06/07/2023 18:34

presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou nesta quinta-feira (6/7) que caso a reforma tributária seja aprovada no Congresso Nacional, ela será a primeira em um regime democrático.

Segundo ele, apesar de a proposta não ser "a que ele quer", o governo teve que lidar com a correlação de forças do Parlamento e negociar o desenho da proposta.

"Vocês têm que lembrar que, se for votada a reforma tributária hoje, é a primeira vez na história da democracia que a gente faz uma reforma tributária em um regime democrático, porque a última que nós tivemos foi no regime militar", declarou o presidente durante participação na reunião de relançamento do Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial (CNDI).

A reforma deve ser votada hoje na Câmara dos Deputados.

"Nós estamos fazendo em um regime democrático, negociando com todo mundo, e ela vai ser aprovada.

Não é o que cada um de vocês deseja, que o [Fernando] Haddad deseja, o que eu desejo, mas tudo bem", acrescentou Lula.

O presidente enfatizou que os deputados federais, "bem ou mal", foram escolhidos pela sociedade brasileira e merece tanto respeito quanto ele e Alckmin.

"Ao invés de chorar o que a gente não tem, temos que conversar o que a gente tem", pontuou.

Três anos e meio pela frente

O encontro reuniu representantes de ministérios, como o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDCI), Geraldo Alckmin (PSB) e o ministro da Casa Civil, Rui Costa, além de representantes da indústria e dos trabalhadores. 

O CNDI é responsável por sugerir políticas industriais ao governo federal e é composto por 21 membros do governo, sendo 20 ministérios e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), e 21 integrantes do setor produtivo, entidades científica e dos trabalhadores.

Lula lembrou ainda, em seu discurso, que seu mandato tem agora três anos e meio pela frente, e que o espírito de negociação seguirá até o final.

Ele instou ainda os seus ministros a fazerem o mesmo.

"E isso vai acontecer nesses próximos quatro anos.

Cada ministro que está aqui sabe, é preciso parar de reclamar.

É preciso parar de lamentar e discutir como fazer o que vamos fazer.

A única coisa impossível é Deus pecar, o resto a gente pode tudo", frisou Lula.