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Anderson Torres deve ser ouvido em CPMI após recesso parlamentar

Segundo relatora da comissão que apura atos golpistas do dia 8 de janeiro, Eliziane Gama (PSD-MA), o ex-ministro deveria ter sido ouvido antes, mas esforço concentrado para reforma tributária impediu
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 11/07/2023 18:39

A relatora da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura os atos golpistas de 8 de janeiro, a senadora Eliziane Gama (PSD-MA), declarou, nesta terça-feira (11/7), que novas oitivas serão realizadas somente após o recesso parlamentar, que já começa na próxima semana.

“A gente finaliza hoje, tem um recesso (vindo) agora, e no retorno a gente já vem aí com os novos convocados e com os novos requerimentos que poderão ser apresentados”, disse a parlamentar.

O ex-ministro Anderson Torres pode ser o próximo a ser convocado pelo colegiado.

“É um nome que a gente precisa (ouvir) para exaurir essa primeira etapa da comissão”.

“A gente não conseguiu agora, porque na semana passada tivemos um esforço concentrado (na Câmara pela votação da reforma tributaria),  chega agora o recesso, mas acho que ele deve ser o primeiro no retorno dos trabalhos”, destacou.
Gama também afirmou que o silêncio adotado pelo investigado tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, também é importante.

Ele é ouvido pela CPMI desde a manhã desta terça-feira (11/7).

“É sempre produtivo um depoimento.

Até o fato de o depoente não falar é um elemento que a gente precisa considerar”, comentou a senadora.

“É bem verdade que ele não trouxe nenhum fato novo para a comissão, até por conta de seu silêncio.

Mas, ao mesmo tempo, aprovamos muitos requerimentos”, acrescentou.

Mauro Cid presta esclarecimentos ao colegiado sobre mensagens de teor golpista trocadas com o coronel Lawand Junior – que depôs à CPMI, mentindo que teria pedido que Bolsonaro desse um golpe de estado após a vitória de Lula na eleição do ano passado.

militar também responde sobre uma minuta golpista encontrada com ele, com previsão do uso da Garantia da Lei e da Ordem (GLO), pelo afastamento dos ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, Cármen Lúcia e Ricardo Lewandowski — no documento, os substitutos seriam Nunes Marques, André Mendonça e Dias Toffoli.

Preso por fraude em cartões de vacinação desde 3 de maio, Mauro Cid fez uso do direito de permanecer em silêncio.