Simone Tebet defende trocas em cargos do governo por apoio em Congresso
Time de ministros estava em São Paulo para última plenária da plataforma Brasil Participativo, nesta sexta (14/7)
- Categoria: Geral
- Publicação: 14/07/2023 23:47
Os ministros Simone Tebet, do Planejamento e Orçamento, e Márcio Macêdo, da Secretaria-Geral da Presidência, defenderam, nesta sexta-feira (14/7), trocas ministeriais para acomodar o Centrão como uma estratégia para aprovar projetos no Congresso.
Durante coletiva de imprensa, em São Paulo, antes da última plenária da plataforma Brasil Participativo, que busca colher sugestões para o Orçamento Participativo e o Plano Plurianual (PPA) 2024-2027, Tebet afirmou que é necessário “sentar com quem pensa diferente e quer fazer parte do governo”.
Os principais cargos almejados pelo Centrão são ocupados por mulheres, como no caso da presidência da Caixa Econômica Federal, ocupada por Rita Serrano, e dos Ministérios da Saúde, com Nísia Trindade, e dos Esportes, com Ana Moser.
Tebet reforçou que a composição do governo conta com muitas mulheres, mas ponderou que as trocas não precisam ser por outras mulheres.
“Temos o ministério mais feminino de toda a história.
É claro que às vezes algum ajuste ou outro precisa ser feito, precisou ser feito no Ministério do Turismo (com a troca de Daniela Carneiro por Celso Sabino)", afirmou a ministra.
“Mas eu não tenho dúvida de que, seja qual for a alteração que for feita, as mulheres continuarão ou irão para outros ministérios, outros espaços de poder extremamente relevantes e continuarão proporcionalmente com a representatividade que têm hoje".
O evento reuniu, ainda, as ministras Marina Silva, do Meio Ambiente, Sônia Guajajara, dos Povos Indígenas, Silvio Almeida, dos Direitos Humanos e Cidadania, e o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin.
Macêdo, por sua vez, destacou que o ex-presidente Jair Bolsonaro entregou o Orçamento nas mãos do Congresso e “o presidente Lula não fez isso e não vai fazer.
Não vai abrir mão de seu papel constitucional".
"É natural que os partidos que querem dar sustentação na Câmara e no Senado reivindiquem participação no ministério e reivindiquem ministérios", observou ele.
“A decisão é do presidente da República.
Os cargos são dele, assim o povo determinou nas urnas.
Ele vai definir e dialogar.
Simone Tebet relembrou que é preciso abrir caminho no Congresso.
"Queremos maioria para os programas relevantes e sociais do Brasil.
Sabemos aonde queremos chegar".
Ana Moser também estava na coletiva, mas não respondeu a perguntas. Um dos alvos do Centrão, a ministra do Esporte foi muito aplaudida durante seu discurso no auditório do Memorial da América Latina, repleto de representantes de movimentos sociais.
A plateia gritava “Ana fica, Ana fica”.