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Suspeito de hostilizar Moraes chega ao Brasil e diz aguardar acusação da PF

O ministro do STF e sua família foram hostilizados no aeroporto de Roma, na Itália. A Polícia Federal aponta três brasileiros como suspeitos de agredir Moraes
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 16/07/2023 21:19

Um dos suspeitos de hostilizar o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na sexta-feira (14/7), no aeroporto de Roma, na Itália, o empresário Roberto Mantovani Filho, de 71 anos, disse aguardar a intimação da Polícia Federal (PF) para que ele preste esclarecimentos sobre o caso.

Mantovani Filho chegou ao Brasil na madrugada deste sábado (15/7).

Ele estava acompanhado dos dois netos, de 4 e 2 anos, ao ser questionado pela PF sobre sua participação na hostilidade ao ministro.

O empresário, no entanto, alegou o fator familiar para não detalhar o ocorrido com o magistrado.

Em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, o empresário confessou que avistou Moraes no aeroporto internacional de Roma nesta sexta, porém negou que tenha falado com ele.

"O que eu posso falar para você é que eu vi realmente o ministro.

Ele estava sentado em uma sala, mas eu não dirigi nenhuma palavra a ele", disse.

Investigação

Embora Roberto Mantovani Filho negue ter falado com Moraes, a PF apura que ele, a esposa e o genro são suspeitos de hostilizar Alexandre de Moraes e sua família no aeroporto da capital italiana.

Os agentes investigam ainda se houve agressão a um dos filhos do ministros.

Questionado sobre essa suspeita, o empresário preferiu não comentar.

"Isso aí a polícia não perguntou nada a respeito, por isso eu prefiro aguardar para saber do que estou sendo acusado, se minha família sendo acusada de algo", afirmou, na entrevista à Folha.

Agressão

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes foi hostilizado por um grupo de brasileiros no Aeroporto Internacional de Roma, na Itália.

O episódio ocorreu por volta das 18h45 (horário local), na sexta, enquanto Moraes estava acompanhado da família, retornando da Universidade de Siena, onde participou do Fórum Internacional de Direito.

A esposa do empresário, Andréia Mantovani Filho, xingou o magistrado de “bandido, comunista e comprado”.

Depois, PF identificou que Roberto Mantovani Filho agrediu fisicamente o ministro.

Outro brasileiro, identificado como Alex Zanatta, une-se a dupla e profere palavras de baixo calão a Alexandre de Moraes.

O grupo de agressores e Moraes e sua família seguiram para destinos diferentes.

Enquanto o trio retornava ao país, o ministro do Supremo prosseguiu para um outro país na Europa.

O trio responderá em liberdade por crime contra honra e ameaça.

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, entrou em contato para se solidarizar ao ministro, após o ataque.

O Supremo afirmou que não comentará o caso.