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Censo pode mudar vagas da Câmara Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba Perderão duas vagas cada um.

Pesquisa do Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar aponta para perdas de cadeiras de parlamentares em sete estados e ganhos em outros sete
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 17/07/2023 13:22

Uma projeção realizada pelo Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar (Diap) aponta para a necessidade de mudanças na atual distribuição das 513 cadeiras das Câmara dos Deputadoscom base no Censo 2022, divulgado previamente neste mês.

De acordo com a pesquisa, feita a pedido do jornal Folha de S. Paulo, o Rio de Janeiro lideraria a perda de assentos na Casa Legislativa, caindo de 46 para 42 deputados.

Bahia, Rio Grande do Sul, Piauí e Paraíba perderiam duas vagas cada um. Pernambuco e Alagoas teriam menos uma cadeira.

Por outro lado, as bancadas de Santa Catarina e Pará cresceriam, com mais quatro ocupações de parlamentares.

O estado do Amazonas ganharia mais duas vagas, enquanto Minas Gerais, Ceará, Goiás e Mato Grosso teriam um assento a mais cada.

Os demais estados e o Distrito Federal manteriam o mesmo número de deputados federais de hoje.

A Constituição determina que a representação na Câmara dos Deputados deve ser proporcional à população de cada estado, respeitando o mínimo de oito e o máximo de 70 deputados por unidade da Federação.

30 anos sem alteração do número de deputados 

número de cadeiras por estado não é alterado desde dezembro de 1993 ano em que ocorreu o último redesenho das vagas na Câmara a partir da aprovação de uma lei complementar.

Ou seja, não houve atualização do tamanho das bancadas a partir dos dados dos Censos divulgados em 2000 e 2010.

Em 2013, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) chegou a emitir uma resolução sobre a redistribuição das vagas por estado com base no Censo anterior, realizado em 2010.

Mas, no ano seguinte, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou que a resolução era inconstitucional e definiu que caberia à própria Câmara fazer a divisão por meio de lei complementar.

Com base nos dados do Censo divulgado em 2023, o deputado federal Rafael Pezenti (MDB-SC) protocolou um projeto de lei complementar que altera a representação a partir da legislatura que se iniciará em fevereiro de 2027.