Mais de 50 jornalistas negras participaram, na terça-feira (25/7), de um café da manhã com a ministra da Cultura, Margareth Menezes.

O encontro, em celebração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, também foi, segundo a ministra, uma oportunidade de estreitar laços e ressaltar a importância da maior representatividade nos espaços de poder.

“Precisamos de mulheres negras nesses espaços para amplificar a comunicação e para que as informações sobre políticas públicas cheguem aonde elas precisam chegar”, disse.

Questionada sobre que legado deseja deixar do trabalho na política, Menezes pontuou a descentralização do fomento e a estabilização do Ministério da Cultura (MinC) como política de Estado.

“Para que não haja um monta e desmonta que prejudique um setor que mobiliza mais de 7 milhões de trabalhadores”, justificou.

Articulações com outras pastas do governo, a falta de dados atualizados sobre o setor, a alta adesão à Lei Paulo Gustavo (98% dos municípios e todas as unidades da Federação enviaram planos de ação), a pressão de partidos políticos pelo comando de ministérios e os desdobramentos da investigação do assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes também foram abordados no encontro.

“Existe uma necessidade de resposta para esse crime porque sinaliza uma virada de pensamento e ação.

Essa maneira de tentar calar as vozes que se colocam a dispor da luta antirracista é uma prática da sociedade brasileira”, afirmou Menezes.

O café da manhã ocorreu em Brasília e reuniu comunicadoras de mídias convencionais e alternativas, blogueiras e produtoras de conteúdo das regiões Centro-Oeste, Norte, Nordeste e Sudeste, de forma presencial e remota.

Também estiveram presentes a secretária do Audiovisual, Joelma Gonzaga, a secretária dos Comitês de Cultura, Roberta Martins, e a assessora de Participação Social e Diversidade do MinC, Mariana Braga.