A Polícia Federal (PF) realizou, ontem, a segunda fase da, cujo objetivo é o de desarticular uma organização criminosa que manipula resultados de partidas de futebol.

Ao todo, 60 agentes federais cumpriram 12 mandados de busca e apreensão em Aracaju, Araguaina (TO), Assu (RN), Belo Horizonte, Brasília, Campina Grande (PB), Fortaleza, Igarassu (PE), Rio de Janeiro, São Paulo e Sumaré (SP).

Equipes policiais estiveram nas casas de empresários, atletas e apostadores suspeitos de estarem envolvidos no esquema fraudulento.

A investigação começou no ano passado e as denúncias, segundo a PF, eram inicialmente sobre o futebol sergipano. "Entretanto, a análise do material apreendido acabou revelando um esquema muito maior, de âmbito nacional", salientou a nota da corporação.

A PF também identificou diálogos nos quais empresários — que administram as carreiras dos jogadores —, apostadores e cartolas combinavam manipulação de resultados de partidas, cujo objetivo era obter ganhos ilícitos em sites de apostas.

Estima-se que a organização criminosa movimentou cerca de R$ 11 milhões.

Até o momento, a PF identificou manipulações em jogos de diversos campeonatos estaduais e nos campeonatos brasileiros das séries D e C. Os investigados responderão por crimes previstos na Lei Geral do Esporte e também por participação em organização criminosa.

A ação dos agentes federais encerrou-se no final da manhã.

A próxima etapa será analisar todo o material apreendido.

Em maio deste ano, o Ministério Público de Goiás (MP-GO) tinhas feito uma segunda denúncia à Justiça contra 16 pessoas por fraudes e manipulação de 13 partidas de futebol: oito do Campeonato Brasileiro da Série A e uma da Série B, realizadas no ano passado.

No mês seguinte, dois jogadores foram banidos e cinco foram suspensos pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD).