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Moraes proíbe pai de Mauro Cid de visitar o filho na prisão

Mauro Lourena Cid e Mauro Cid são investigados no esquema de vendas das joias sauditas de Bolsonaro
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 21/08/2023 08:57

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes proibiu o general Mauro Lourena Cid de visitar o filho, o tenente-coronel Mauro Cid, na prisão.

Ambos são investigados pela venda das joias sauditas do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A decisão foi confirmada pelo STF neste domingo (20/8).

Mauro Cid está preso há três meses no Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília, investigado em diversos casos que envolvem o nome do ex-presidente — como as joias sauditas, falsificação dos cartões de vacinação e o plano golpista para anular o resultado das eleições de 2022.

O pai de Mauro Cid foi alvo de busca e apreensão da Polícia Federal (PF), em 11 de agosto, após aparecer em reflexo de foto de uma das esculturas presenteadas à Bolsonaro.

De acordo com a PF,  Lourena Cid tirou uma foto da caixa com esculturas recebidas de forma oficial para enviar a uma joalheria e avaliar o preço que poderia cobrar. 

A decisão de Moraes, relator do caso, pretende impedir troca de informações entre os dois investigados do mesmo caso.

A corporação investiga crimes de lavagem de dinheiro e descaminho, pois os presentes recebidos por Bolsonaro, inclusive um relógio Rolex de alto valor, deveriam ter sido incorporados ao patrimônio da União.

No entanto, foram vendidos.

A polícia investiga o envolvimento do pai e filho Cid na execução das negociações. 

O esquema de venda dos objetos teria começado ainda em janeiro deste ano, poucos dias depois de Bolsonaro chegar nos Estados Unidos - para onde foi após perder as eleições. 

As mensagens obtidas em investigação demonstram medo dos envolvidos de que o Tribunal de Contas da União (TCU) determinasse a devolução dos objetos.

A partir daí, começou uma operação para reaver o que tinha sido vendido.