Ronaldinho Gaúcho CPI defende condução coercitiva
Roberto Assis Moreira, irmão do ex-jogador, alegou que mau tempo em Porto Alegre impediu voo de Ronaldinho
- Categoria: Geral
- Publicação: 24/08/2023 18:39
O ex-jogador Ronaldinho Gaúcho não compareceu para depor na CPI das Criptomoedas da Câmara, que investiga operações fraudulentas na gestão de empresas que operam com essa modalidade, na manhã desta quinta-feira (24/8).
O presidente da comissão, deputado Áureo Ribeiro (Solidariedade-RJ), afirmou que irá pedir condução coercitiva do depoente.
O depoimento de Ronaldinho estava marcado para a manhã desta quinta-feira, mas ele não compareceu.
Seu irmão e empresário, o também ex-jogador Roberto Assis Moreira, chegou à CPI e será ouvido pelos deputados.
Ele informou que o irmão teve "problemas de voo" e não conseguiu embarcar na noite de ontem de Porto Alegre (RS) para Brasília, por conta do mau tempo.
Áureo Ribeiro anunciou que, diante da ausência de Ronaldinho, irá requerer à Justiça sua condução coercitiva.
Já o relator da CPI, o deputado Ricardo Silva (PSD-SP) afirmou que será marcada nova data.
Na última terça (22), o ex-atleta também era aguardado, mas não apareceu.
"Esse argumento, de não ter voo, não é amparado pela lei.
Por que não se antecipou?
Vários voos ocorreram, inclusive nessa manhã (de Porto Alegre para Brasília).
Compete recorrermos à Justiça sobre a condução coercitiva", disse o relator, alegando que o argumento do depoente não se justifica.
Os irmão seriam sócios da empresa 18K Ronaldinho, que atua com trading e arbitragem de criptomoedas.
A empresa é acusada de não passar a custódia das moedas virtuais a seus clientes, que tinham a promessa de rendimentos de até 2% ao dia.
Ronaldinho e Assis conseguiram no Supremo Tribunal Federal (STF) habeas corpus para permanecerem em silêncio.
Em depoimento na CPI, o irmão do ex-jogador afirmou que eles nunca foram donos da 18K Ronaldinho e que ambos são vitimas de dois outros sócios dessa empresa.
"Eles utilizaram o nome e a imagem do meu irmão sem autorização.
Não autorizamos o uso de imagem nem o uso de exploração", disse.
"Nos chegou a informação do uso indevido da imagem do meu irmão na compra e venda de moedas digitais.
Jamais fui contatado, nunca foi autorizada a 18K que usasse o nome do meu irmão", completou.