Deputado alvo de buscas da PF disse ter dado dinheiro para golpista ""Eu também deveria estar preso, Eu ajudei a bancar quem estava lá".
"Eu também deveria estar preso. Eu ajudei a bancar quem estava lá. Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista", disse o parlamentar em junho
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- Publicação: 29/08/2023 18:46
O deputado estadual Amauri Ribeiro (União-GO), alvo de mandado de busca e apreensão pela Polícia Federal nesta terça-feira (29/8), já afirmou ter financiado os acampamentos bolsonaristas em frente aos quartéis generais do Exército.
A declaração foi dada no dia 6 de junho, durante discurso na Assembleia Legislativa de Goiás (Alego).
Na ocasião, ele defendia a liberdade do coronel Benito Franco, preso pela Polícia Federal em abril durante operação que investigava atos golpistas.
"A prisão do coronel Franco é um tapa na cara de cada cidadão de bem neste estado.
Foi preso sem motivo algum, sem ter feito nada.
Eu também deveria estar preso.
Eu ajudei a bancar quem estava lá.
Pode me prender, eu sou um bandido, eu sou um terrorista, eu sou um canalha, na visão de vocês.
Eu ajudei, levei comida, levei água e dei dinheiro”, afirmou o deputado.
No entanto, o parlamentar recuou logo em seguida e disse que a declaração foi distorcida.
“A imprensa foi lá e distorceu, levando para o dia 8 de janeiro, dizendo que eu assumi e patrocinei.
Isso é vergonhoso e absurdo.
Eu não seria idiota de falar um absurdo desses”, disse.
Operação Lesa Pátria
A Polícia Federal deflagrou a 15ª fase da operação Lesa Pátria para identificar pessoas que incitaram, participaram ou financiaram os ataques antidemocráticos contra as sedes dos Três Poderes no dia 8 de janeiro.
Estão sendo cumpridos dois mandados de busca e apreensão em Goiânia e Piracanjuba.
A PF investiga os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido e crimes da lei de terrorismo.