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Lula se reúne com Zelensky e diz ter "boa conversa" sobre "caminhos da paz"

Por meio das redes sociais, Lula disse ter tido "uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países"
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 20/09/2023 22:15

Após desencontros, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu presencialmente pela primeira vez nesta quarta-feira (20/9) com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, que driblou a imprensa por uma porta lateral do hotel onde está hospedado o chefe do Executivo brasileiro.

A reunião foi fechada.

Participaram da conversa o chanceler Mauro Vieira, o assessor especial para Assuntos Internacionais da Presidência, Celso Amorim, e o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta.

Por meio das redes sociais, Lula disse ter tido "uma boa conversa sobre a importância dos caminhos para construção da paz e de mantermos sempre o diálogo aberto entre nossos países".



Em março, os líderes chegaram a conversar por telefone.

Já em maio, ensaiaram um encontro durante a cúpula do G7 no Japão, mas após problemas de agendas, a conversa não ocorreu.

Na época, o governo brasileiro alegou ter oferecido dois horários para o líder ucraniano, mas ele não compareceu.

Já a Ucrânia, alegou que a equipe de Lula demorou a responder sobre a disponibilidade para o encontro e quando respondeu, Zelensky já tinha outros compromissos.

Após o desencontro, Zelensky teceu declarações polêmicas, como quando disse que Lula repetiu as falas do presidente russo, Vladimir Putin.

Em declarações anteriores, Lula chegou a afirmar que Zelensky também é responsável pela guerra porque "quando um não quer, dois não brigam" e já insinuou que a Ucrânia deveria abrir mão da Crimeia.

O chefe do Executivo brasileiro também negou venda de material militar para o governo ucraniano e não apoia sanções contra a Rússia.

O encontro entre ambos ocorre também após Lula ter dito que Putin não seria preso se viesse ao Brasil para a reunião do G20, embora tenha uma ordem de prisão por crimes de guerra no Tribunal Penal Internacional (TPI), do qual o Brasil é signatário.

Depois, o presidente recuou da declaração, mas afirmou não saber qual a serventia do TPI e que estudaria a razão pela qual o país assinou o tratado.

Por outro lado, Lula tem defendido a criação do que chama de "clube da paz", que negocie o fim da guerra no Leste europeu que já dura um ano e meio.

O presidente brasileiro retorna ao Brasil na noite desta quarta-feira (21/9).

Em discurso na abertura da Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) no último dia 19, o presidente Lula afirmou que a guerra da Ucrânia escancara a incapacidade dos países que fazem parte da ONU de alcançarem a paz.


Mais cedo, Lula se encontrou com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, com quem lançou uma iniciativa global para promoção do trabalho decente intitulado de "Coalizão Global pelo Trabalho".

A previsão é de que o petista ainda se reúna com o diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus e com o presidente do Paraguai, Santiago Peña e embarque ainda hoje para o Brasil.