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CPI aprova quebra de sigilos bancário e fiscal de Ronaldinho Gaúcho

Pedido foi feito pelo relator, Ricardo Silva, que aponta um "esquema fraudulento" envolvendo negócios do ex-jogador
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 27/09/2023 21:59

No apagar das luzes do funcionamento das CPIs na Câmara, a comissão que investiga as pirâmides financeiras aprovou na tarde desta quarta-feira (27/9) a quebra dos sigilos bancário e fiscal de Ronaldinho Gaúcho, ex-jogador da seleção brasileira e um dos maiores atletas do país.

Os deputados fizeram o mesmo em relação a seu irmão e empresário, Assis Moreira.

O autor do requerimento foi o deputado Ricardo Silva (PSD-SP), que é o relator da CPI.

O parlamentar requer junto ao Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) o encaminhamento de seus relatórios de inteligência financeira envolvendo os dois irmãos. 

O pedido se relaciona com a empresa 18k Ronaldinho, que, argumenta a CPI, promoveu a ideia de retorno financeiro de até 400% em menos de um ano para quem investisse em criptomoedas.

O nome do jogador estaria vinculado a esse tipo de negócio, o que Ronaldinho negou em seu depoimento na comissão há um mês.

O ex-atleta afirmou que não tem relação com a 18k Ronaldinho, mas com a 18k Ronaldinho Watches, empresa que comercializa relógios.

Para o relator, há indícios que apontam que a venda de relógios não era a principal atividade da empresa.

Silva afirmou que houve bloqueio de retiradas de investidores e, por isso, a empresa foi associada a um esquema de pirâmide financeira.

Na CPI, Ronaldinho disse ter sido vítima desse esquema, e não o responsável por essas operações.

Ainda assim, a comissão aprovou a quebra dos seus sigilos.

"É crucial analisar os relatórios de inteligência financeira do Ronaldo e do Assis para compreender a magnitude e extensão desse esquema fraudulento", afirmou o relator no seu pedido.