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Em Israel, Biden anuncia pacote sem precedente e avisa: "Não ataquem Israel"

"Não existe desculpa para isso ponto final. A brutalidade que vimos seria profunda em qualquer país, mas aqui, num dia sagrado aos judeus, tornou-se o dia mais triste desde o holocausto. Não vamos ficar de lado e não fazer nada"
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 18/10/2023 16:50

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, pronunciou-se, nesta quarta-feira (18/10), direto de Israel, onde está desde ontem para acompanhar in loco a situação do conflito entre Israel e o grupo fundamentalista Hamas, que teve início em 7 de outubro.

Em seu pronunciamento, a mensagem principal do presidente foi a de que os EUA estão junto a Israel, que o país não está sozinho.

"Quando nós levamos o golpe, levantamos e começamos de novo," disse.

A posição é consoante ao sentimento de que os americanos estão encarando o recente conflito no Oriente Médio como algo pessoal.

Isso foi confirmado por Biden, que, assim como outras autoridades americanas já afirmaram, comparou o maior ataque sofrido pelos Estados Unidos, o 11 de setembro, aos ataques do Hamas. 

"Foi como quinze '11 de setembro'.

A escala poder ser diferente, mas os horrores despertados, o sentimento de choque, dor, ira profunda são os mesmos.

Eu entendo, muitos americanos entendem."

O presidente também fez questão de comparar o ataque a um dos maiores genocídios da história recente da humanidade, o holocausto nazista. 

"Não existe desculpa para isso, ponto final.

A brutalidade que vimos seria profunda em qualquer país do mundo, mas aqui, num dia sagrado para os judeus, tornou-se o dia mais triste desde o holocausto.

Não vamos ficar de lado e não fazer nada."

Reféns são prioridade

Biden mandou uma mensagem de esperança diretamente às famílias de quem tem pessoas como reféns dos sequestradores e para entes que foram assassinados na guerra.

"Aqueles que estão esperando notícias, vocês não estão sozinhos, estamos trabalhando com parceiros em todas as regiões e tentando de todas as maneiras trazer os reféns que estão com o Hamas.

Não há prioridade maior do que esses reféns para mim."

O presidente exaltou ainda a ação dos voluntários, que não hesitaram em ajudar, entre médicos e pessoas que enterraram as vítimas de acordo com a tradição judaica.

"O estado de Israel nasceu pra ser um lugar seguro, se ele não existisse teríamos que inventá-lo.

Faremos de tudo em nosso poder para que isso aconteça."

Biden ainda anunciou que vai pedir ao Congresso americano um pacote sem precedentes para a defesa de Israel e ajuda humanitária para Gaza.

"Estou anunciando 100 milhões de dólares de ajuda humanitária para Gaza e Cisjordania.

Sabemos o valor da vida humana, israelenses, árabes, palestinos, mulçumanos, todos, Israel é um milagre.

Diante de tragédia precisamos voltar ao início e lembrar que somos todos seres humanos, criados à imagem de Deus. Vocês inspiram esperança para tantas pessoas no mundo, é isso que os terroristas querem destruir, porque vivem na escuridão, mas vocês não, não Israel.

Nações como Israel e EUA são medidas pelo tamanho de seu seu exemplo.

Esses ataques só aumentam minha determinação, o terror não vai vencer, a liberdade sim. Israel, vocês não estão sozinhos, os Estados Unidos está com vocês.

Andaremos juntos nesses dias difíceis e nos dias bons, e eles virão.

Como se diz em hebraico: o povo de Israel vive."

Palestinos e ajuda humanitária

O presidente americano também enfatizou que os palestinos não são o Hamas e lamentou as mortes no ataque a um hospital ontem, que deixou cerca de 500 mortos.

"A vasta maioria dos palestinos não é do Hamas, eles não representam o povo palestino, usam pessoas como escudos humanos e não têm nenhuma preocupação com o bem estar dos palestinos.

Fiquei muito triste com as perdas do hospital de ontem, causadas por um foguete do grupo terrorista.

Os EUA estão junto das famílias que sofreram com a tragédia.

Hoje conversei com o gabinete de guerra para concordar em levar ajuda humanitária do Egito para Gaza.

Eles querem fazer com que a comunidade internacional não consiga dar essa ajuda.

Estamos fazendo tudo para que os caminhões possam atravessar a fronteira."