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Barroso sobre regulação das redes sociais no país: "Inevitável"

O presidente do STF participou de evento da Advocacia-Geral da União (AGU), onde falou sobre a necessidade de proteger dados pessoais e o combate à desinformação
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 22/11/2023 00:56

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, disse, nesta terça-feira (21/11), que é “inevitável” estabelecer a regulação das mídias sociais no Brasil.

Segundo o magistrado, “há muita coisa” acontecendo no meio digital, sendo também necessário o combate ao fenômeno das fake news.

A declaração foi dada durante seminário promovido pela Escola Superior da Advocacia-Geral da União (AGU).

Barroso destacou a necessidade de impedir a utilização irregular de dados pessoais.

“É preciso regular para proteger o direito de privacidade de todos nós.

As plataformas digitais sabem para onde a gente passa, sabem o último livro que a gente comprou, a pesquisa que a gente fez, qual a doença que está preocupando a gente agora.

Esse tipo de informação, utilizado de forma conveniente, pode constituir uma imensa violação de privacidade.”

Ainda tramita na Câmara dos Deputados o projeto que trata das fake news (PL 2.630/2020).

Aprovado em 2020 pelo Senado e em análise na Casa, a proposta visa as medidas para combater discurso de ódio e desinformação e na regulamentação do uso da Inteligência Artificial (IA) nas plataformas digitais.

No STF, foi pautada uma ação que trata de regras do Marco Civil da Internet.

No entanto, ainda sem consenso entre os ministros.

No evento da AGU, Barroso também citou o aspecto econômico e disse que o monopólio é uma “falha de mercado”.

“É realizado, por exemplo, uma regulação do ponto de vista econômico porque você precisa fazer uma tributação justa.

São as empresas mais valiosas do mundo que têm um mecanismo de tributação”, ressaltou.

“Você precisa proteger os direitos autorais, você precisa evitar o abuso do poder econômico.

O monopólio, em uma sociedade capitalista, é uma falha de mercado que precisa ser resolvida”, completou o presidente do STF.