Bahia Tricolor de Aço não depende mais de si para se manter na Série A.
O Bahia decide sua vida diante do Atlético-MG, na próxima quarta-feira, 6, às 21h30, pela última rodada do certame.
- Categoria: Geral
- Publicação: 04/12/2023 01:19
Com atuação abaixo da crítica, o Bahia foi derrotado de virada por 3 a 2 para o já rebaixado América-MG, na Arena Independência, pela 37ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Vindo de duas derrotas seguidas, o Esquadrão de Aço segue com 41 pontos ganhos e não depende mais de si para se manter na Série A.
O time ocupa a 17ª posição, sendo o primeiro dentro do Z-4.
Em entrevista coletiva pós-jogo neste domingo, 2, o técnico Rogério Ceni demonstrou frustração com o resultado negativo.
Abatido, ele se diz envergonhado e lamentou não conseguir um ponto nos últimos dois jogos.
"Sobre São Paulo eu falei no último jogo já, sobre hoje acho que nós tentamos de todas as maneiras vencer a partida, tivemos todas as oportunidades, criamos, tivemos dentro do gol praticamente para colocar a bola, infelizmente não entrou.
O torcedor logicamente fica decepcionado, assim como a gente, nós temos que tentar reunir forças para a quarta-feira.
O campeonato não se encerrou.
Lamento não conseguir minimamente um ponto em dois jogos e jogar contra um time que já caiu para a Série B.
Me sinto envergonhado até pelo meu trabalho, ser sincero com você, mas nós temos que reunir forças, achar um time que seja compatível para jogar contra o Atlético, que é um time forte, e tentar a nossa última cartada, que é vencer na Fonte Nova", explicou.
Sobre o jogo, Ceni revelou que fez todas as possibilidades em relação a mudanças na equipe.
O time criou oportunidades e desperdiçou chances claras, especialmente na etapa final.
Para o comandante Tricolor, a falta de tranquilidade na execução foi determinante.
"O fato de jogar com um jogador a menos nós exploramos bem.
Nós abrimos com a Ademir e Biel, depois de Jacaré, colocamos dois noves na área, jogamos só com um zagueiro e dois laterais mais por dentro, e aí no meio de campo com dois volantes, com o Rezende e o Nico [Acevedo] e com o Cauly de 10, ou seja, nós tentamos de todas as maneiras em alguns momentos.
Nós tomamos decisões erradas. Em outros momentos a bola não sei como não entrou.
Nem vi ainda até agora os lances do jogo, mas eu acho que quando nós tivemos a superioridade, nós criamos todas as oportunidades para fazer o gol, nós não tivemos talvez a tranquilidade, a calma, o lado mental um pouco mais forte para fazer essa conclusão de no mínimo, minimamente sair com um ponto daqui, o que tiraria parcialmente a gente da zona de rebaixamento", detalhou.
O Bahia decide sua vida diante do Atlético-MG, na próxima quarta-feira, 6, às 21h30, pela última rodada do certame.
Com um tempo curto de preparação, o treinador afirmou que não tem como fazer mudanças drásticas na equipe mirando o jogo decisivo.
"Não tem como mudar em dois dias. Se eu disser que vou mudar tudo agora a bola, pode entrar no próximo jogo, as que nós perdemos.
Eu acho que nós não teremos tantas oportunidades como tivemos hoje, mas em outros jogos nós tivemos menos oportunidades e conseguimos concluir melhor a gol, Acho que isso pode acontecer, mas dizer que nós vamos mudar em dois dias, um deles os quais a gente usa praticamente para recuperar os jogadores, o outro treino leve para ter minimamente energia para poder colocar o que a gente julga ser o melhor time para enfrentar o Atlético", pontuou.
Após sofrer o empate diante do América-MG, o time demonstrou nervosismo.
No segundo tempo, isso ficou evidente.
Para Rogério Ceni, o aspecto mental supera o esgotamento físico, devido ao final da temporada.
"Metal.
Muito mais mental do que o cansaço.
Talvez para esse último jogo, o intervalo é o menor de todos, mas nos últimos jogos o intervalo é o maior.
Mas eu acho que está muito na cabeça essa situação lá, vivida muito dentro do lado psicológico.
É a única coisa que eu posso explicar, porque o volume de chances que nós criamos, com as chances perdidas, elas ruminam.
No último jogo, um gol faltando dois minutos para acabar o jogo, ou seja, uma série de erros que acontecem e por isso nós estamos nessa situação", disse Ceni.
"Eu não sou profissional da área de psicologia.
O que eu posso é motivar sempre meus atletas.
Tem que fazer o melhor por eles, mostrar o melhor caminho para o jogo.
Tentar sempre incentivá-los e cobrar, porque é natural. Tem que haver sempre a cobrança, em sentido de melhorar.
É o que nós temos que saber que ainda há uma chance de um triunfo e temos que trabalhar em busca dele. Agora, nós não vamos mudar o perfil psicológico em dois dias, nós temos que tentar conviver com essa derrota e fazer um resultado melhor do que Vasco e Santos", complementou.
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