"Não há Pior Inimigo que um Falso Amigo" Mulher de mentor do assassinato de policial penal é presa
Marinalda Mendes teria auxiliado os assassinos a lavar o local do crime e a queimar o carro da vítima, o policial penal José Françualdo Leite Nóbrega
- Categoria: Geral
- Publicação: 24/01/2024 20:15
A mulher do homem considerado mentor do assassinato contra o policial penal José Françualdo Leite Nóbrega, 36 anos, foi presa depois de se entregar à polícia.
Marinalda Mendes teria ajudado os criminosos na execução do crime, segundo as investigações conduzidas pela Polícia Civil do Estado de Goiás (PCGO).
Contra Marinalda havia um mandado de prisão temporária expedido pela Justiça do DF.
Além dela, estão presos o marido, Manelito de Lima Júnior e Daniel Amorim Rosa.
Os dois eram funcionários de Françualdo e amigos há quase 15 anos da vítima.
O policial penal desapareceu em 27 de novembro do ano passado e o corpo foi localizado em 6 de janeiro, em uma área de mata, em Cocalzinho de Goiás.
As investigações revelaram que os assassinos se juntaram e premeditaram a morte do patrão.
Marinalda, no entanto, auxiliou o marido a queimar o veículo da vítima e a lavar o local do homicídio.
A participação dela, segundo as investigações, foi indireta, mas a suspeita da polícia é que a mulher tenha desviado dinheiro da conta do policial após a morte dele.
Execução
A polícia constatou que o policial morreu no mesmo dia em que desapareceu, em 27 de novembro.
A família relata que o servidor desconfiava de um suposto desvio de dinheiro por parte dos funcionários e, por isso, convocaria uma reunião para tratar das questões financeiras da loja.
Os encontros ocorriam mensalmente e só participavam os empregados considerados de confiança da vítima.
Na noite de 27 de novembro, Françualdo, como de costume, preparou um churrasco na chácara onde morava, em Águas Lindas, e convocou Manelito, Daniel e Felipe Nascimento.
De acordo com as investigações, o policial foi surpreendido e assassinado com um tiro nas costas e três no peito.
O responsável pelos disparos teria sido Manelito, apontado como o mentor do crime.
Ao ser preso, Manelito confessou o crime e deu detalhes à Polícia Civil sobre toda a ação.
Após a execução, iniciou-se uma força-tarefa por parte dos assassinos para desovar o corpo e limpar a chácara.
Segundo as investigações, Daniel e Felipe (considerado foragido) levaram o corpo até a região de mata, uma antiga cascalheira, e, lá, atearam fogo no cadáver.
Manelito, por sua vez, organizou toda a residência, lavou o imóvel e saiu levando o colar, a pulseira de ouro e a pistola do amigo.
Um dia depois do crime, os assassinos levaram a caminhonete de Françualdo até uma estrada de chão, no Paranoá, e queimaram o veículo.
Dias depois, “plantaram” o boné do policial com a logo do sistema prisional em um córrego de Planaltina.
A intenção era despistar a polícia.
Os investigadores trabalham com outro suspeito: Deivid Amorim Rosa, irmão de Daniel.