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Em posse como ministro, Lewandowski diz que Dino "deixa legado excepcional"

Lewandowski disse que o evento representa uma "passagem de bastão" e reiterou que ambos estão no "mesmo time"
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 02/02/2024 00:35

Em discurso de transmissão de cargo nesta quinta-feira (1º/2), o novo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, elogiou a gestão de Flávio Dino, apontando que Dino “deixa um legado excepcional” e “a casa em ordem”.

Citando os números de queda de violência apresentados nesta quarta-feira (31/1) por Dino, Lewandowski disse que dará continuidade aos programas e ações da pasta.

A cerimônia ocorreu no Palácio da Justiça.

Lewandowski citou ainda ter pedido uma cerimônia singela, por se tratar de algo protocolar.

Disse que o evento representa uma “passagem de bastão” e reiterou que ambos estão no “mesmo time”.

“Tivemos hoje a posse em que ambos fizemos os discursos, um de despedida de prestação de contas e um de quem entra, em que esbocei algumas de minhas preocupações à frente do ministério, mas esta é uma cerimônia protocolar, de passagem de bastão”, argumentou.

“Essa passagem de bastão é uma antiga competição que nasceu na Grécia Antiga, nas olimpíadas, em que participantes, atletas de um mesmo time buscava chegar em primeiro lugar e se revezavam na entrega do bastão.

Esse é o significado exatamente dessa história. Estou recebendo o bastão de vossa excelência.

Estamos no mesmo time, participando do mesmo governo.

Continuarei as excelentes políticas iniciadas pelo senhor e sua operosa equipe”, disse.

O ministro seguiu dizendo que os objetivos e metas das gestões são semelhantes.

“Quando fizemos reunião entre as equipes, eu disse que não estávamos fazendo transição, mas uma continuidade porque nossos objetivos e metas são exatamente coincidentes”.

“A pior coisa que pode acontecer numa administração é que haja solução da continuidade dos projetos e programas.

Isso com toda certeza não haverá.

É possível uma mudança de ênfase, que um ou outro colaborador seja substituído mas o sentido geral da sua gestão, exitosa pelos números que mostrou ontem publicamente serão certamente continuado pelas nossa gestão, por mim e por minha equipe”, reforçou.

Citando a Constituição, Lewandowski disse ainda que a tarefa dos gestores públicos “é relativamente simples”.

“Não é algo complexo, as linhas estão na Constituição e ela nos dá as diretrizes”.

Em recado aos servidores públicos, disse que “ser servidor público não é servir-se do público, mas é servir ao público”.

Por fim, Lewandowski agradeceu a colaboração “extraordinária” de Dino.

“Entregou uma casa em ordem.

Pela generosidade com que fez a transição.

Desejo à sua excelência muito sucesso nessa breve estada no Senado e muito sucesso como ministro da Suprema Corte do Brasil.

Que Deus o ajude”.

Dino, por sua vez, reiterou a honra de ser sucedido por Lewandowski, destacou que os dois possuem traços e estilos em comum e “não fogem às boas batalhas” e elogiou que o ministro é um “homem de coragem”.

“Detenho por ele profunda admiração, é um grande magistrado.

Temos histórias diferentes, regiões diferentes, idades um pouco diferentes, mas acima de tudo, temos traços em comum entre os quais o patriotismo autêntico que sempre é um patriotismo popular.

O verdadeiro patriotismo é daqueles que entendem que, ao lado da soberania nacional, existe a soberania dos mais pobres que qualifica o Brasil como um projeto de nação que seja autenticamente justo.

E isso nos une, como nos une o estilo de não fugir às boas batalhas.

O senhor é um homem de coragem”, acrescentou Dino, pedindo uma salva de palmas para Lewandowski.

Por fim, Dino agradeceu a equipe do ministério e servidores, especialmente profissionais da Justiça e Segurança Pública.

Ele também citou o 8 de janeiro e a luta pela democracia.

“Há 13 meses, sem saber o que aconteceria uma semana após, disse que o ministério era o ministério da defesa da democracia e acho que essa é uma síntese.

Devemos buscar, entre os quais, o combate irrenunciável às desigualdades sociais.

Só há democracia quando há justiça social, quando há igualdade para todos.

No mundo inteiro e no Brasil só se alcança democracia e justiça social com serviço público forte, com estado forte e governo que funcione”, concluiu.