PF fará perícia em celas de fugitivos de presídio de segurança máxima no RN
Ministério da Justiça decide instalar gabinete de crise em Mossoró devido à responsabilidade direta do governo federal sobre o caso
- Categoria: Geral
- Publicação: 14/02/2024 20:32
A Polícia Federal irá periciar as celas dos dois presos que fugiram de uma penitenciária de segurança máxima em Mossoró, no Rio Grande do Norte, na madrugada desta quarta-feira (14/2).
Os oficiais devem abrir uma investigação para averiguar as exatas circunstâncias do ocorrido e um possível envolvimento de agentes penitenciários na fuga.
A fuga — primeira registrada desde a inauguração do sistema de penitenciárias de segurança máxima, em 2006 — foi constatada por agentes ainda na manhã desta quarta.
Os fugitivos foram identificados como Rogério da Silva Mendonça, o “Tatu”, de 36 anos, e Deibson Cabral Nascimento, o “Deisinho”, de 34 anos.
O secretário nacional de Políticas Penais do Ministério da Justiça, André Garcia, já agendou uma viagem a Mossoró para acompanhar a busca pelos foragidos e a apuração das circunstâncias da fuga.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) realiza buscas pelos fugitivos nas rodovias federais.
As secretarias estaduais de Segurança Pública e de Administração Penitenciária do RN anunciaram a realização de patrulhamento aéreo com helicóptero na região de Mossoró.
Segundo fontes no Ministério da Justiça, ouvidas na condição de anonimato pelo Correio, o Ministério da Justiça decidiu instalar um gabinete de crise em Mossoró.
De acordo com as informações obtidas pela reportagem, a decisão ocorreu por conta da responsabilidade direta do governo federal sobre o caso, tendo em vista que a unidade onde ocorreram as fugas está sob gestão da União e faz parte do sistema penitenciário federal de segurança máxima.
De São Paulo (SP), o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, monitora as ações de busca dos fugitivos à distância.
Essa é a primeira crise desde que assumiu o cargo de ministro no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.