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Ex-deputado é preso por morte de adolescente, amante da ex-esposa

Ele estava foragido da polícia por ter mandado matar um adolescente, que teria tido um relacionamento com a ex-esposa dele
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 20/02/2024 14:56


O ex-deputado distrital Carlos Pereira Xavier, 62 anos, foi preso, no final da tarde desta segunda-feira (19/2), por policiais militares, para cumprimento de um mandado de prisão contra o ex-parlamentar, acusado de encomendar a morte de um adolescente de 16 anos, em março de 2004.

Carlos Xavier — que também ficou conhecido como Adão Xavier — ficou preso por um período, mas foi solto quando conseguiu o direito de responder em liberdade, em 2018.

Existia um mandado de prisão contra ele expedido desde fevereiro de 2022.

Policiais militares capturaram o réu e o levaram para a 18ª Delegacia de Polícia (Brazlândia).

A informação foi confirmada por fontes policiais.

Segundo as investigações da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o então distrital teria encomendado a morte do rapaz depois de descobrir que ele era amante da ex-mulher.

O jovem foi assassinado e o corpo encontrado atrás de uma parada de ônibus, no Recanto das Emas.

Pouco depois, o nome de Carlos Xavier surgiu em meio às investigações do crime e, em agosto do mesmo ano, a Câmara Legislativa (CLDF) decidiu pela cassação do então parlamentar — o primeiro da história a ser cassado.

O homem contratado para o serviço, o capoeirista Eduardo Gomes da Silva, conhecido como Risadinha, foi condenado a 19 anos e três meses de prisão pela morte do rapaz.

As investigações mostraram que Risadinha teria planejado o assassinato do rapaz, contratando um adolescente e outro suspeito, que também foi condenado a 15 anos de detenção.

Reviravolta

A coluna Eixo Capital, do Correio Braziliense, mostrou no início do mês de que após 10 anos do julgamento do ex-deputado no Tribunal do Júri, a Justiça do DF vai analisar um recurso que pode anular todo o processo.

Uma das testemunhas-chave é o ex-deputado e ex-diretor da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) Laerte Bessa. A tese é de que o adolescente foi vítima de um latrocínio e não um crime encomendado pelo político.