Ex-chefe da Polícia Civil planejou morte de Marielle, diz Lessa em delação Ele foi nomeado pelo então interventor federal do Rio, general Braga Netto
Rivaldo teria garantido que nenhum dos envolvidos de executar a morte de Marielle seriam pegos pelo crime
- Categoria: Geral
- Publicação: 24/03/2024 09:42
Investigadores da Polícia Federal chegaram a três mandantes do assassinato da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, em março de 2018.
As investigações estavam avançadas, mas a delação de Ronnie Lessa foi considerado crucial para a operação deflagrada neste domingo (24/3).
É o que revelaram investigadores à reportagem. A delação de Lessa foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) na semana passada.
A reportagem apurou que Lessa disse aos policiais que o ex-chefe da Polícia Civil do Estado do Rio de Janeiro, Rivaldo Barbosa, planejou detalhadamente a morte da vereadora e garantiu que nenhum dos executares do crime seriam pegos pelo crime.
Rivaldo era chefe do Departamento de Homicídios e assumiu a chefia da corporação em 13 de março, um dia antes da morte da vereadora.
Ele foi nomeado pelo então interventor federal do Rio, general Braga Netto.
A operação foi coordenada pela PF, com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio.
Os mandados de prisão e busca e apreensão na capital carioca foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Motivações
A motivação, segundo os investigadores, pode estar atrelado ao embate da ex-parlamentar com a milícia coordenada pelo clã Brazão, alvos da operação deste domingo.
Além de Rivaldo, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ).
Os três suspeitos serão interrogados ainda neste domingo (24/3), na superintendência da PF, no Rio de Janeiro.
O clã Brazão coordena Jacarepaguá, zona oeste carioca, região dominada por grupos paramilitares. Domingos Frazão já chegou a ser citado na CPI das Milícias, em 2008.
A PF trabalha com outras teses, mas a expansão territorial e questões fundiárias são as informações que mais ganham força.
Os investigadores conseguiram chegar nos três nomes após a homologação da delação do ex-policial militar e assassino confesso da ex-vereadora, Ronnie Lessa, além de provas coletadas pelos investigadores antes de Ronnie topar falar.
A operação foi coordenada pela PF, com apoio da Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o Ministério Público do Rio.
Os mandados de prisão e busca e apreensão na capital carioca foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Além de Rivaldo, foram presos o conselheiro do Tribunal de Contas do Estado do Rio de Janeiro (TCE-RJ) Domingos Brazão e o deputado federal Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ).
Os três suspeitos serão interrogados ainda neste domingo (24/3), na superintendência da PF, no Rio de Janeiro.