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Lewandowski: "Nenhum preso se evadirá mais das penitenciárias federais"

Ministro da Justiça falou também, em audiência pública na Câmara, que o veto parcial de Lula ao projeto da "saidinha" reduz muito o número de detentos com direito a essa prerrogativa
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 16/04/2024 18:18

Em audiência pública na Câmara dos Deputados, nesta terça-feira, o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, foi questionado por deputados da oposição sobre a  fuga de dois detentos da penitenciária de segurança máxima de Mossoró (RN), que foram recapturados 50 dias depois.

Lewandowski respondeu que se tratou de algo "excepecional e inusitado" e que essa foi a "única e última" vez que ocorreria esse tipo de episódio.

"O esforço foi muito intenso para recapturá-los, que vai servir de exemplo, e temos a certeza que o crime organizado, tenha a sigla que tiver, não triunfará no nosso país.

Protocolos de segurança foram revistos.

E garanto que nenhum detento mais se evadirá das penitenciárias federais", disse Lewandowski, que afirmou que o custo da operação para recuperar os dois condenados foi de cerca de R$ 6milhões. 

"Um valor compatível com o esforço de recaptura bem sucedida, com várias lições importantes", afirmou.

O ministro, que participa de uma audiência pública na Comissão de Segurança Pública da Câmara, também falou sobre a sanção com veto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva do projeto que trata das saídas temporárias de presos.

Lewandowski defendeu o veto parcial de Lula e afirmou que o presidente sancionou praticamente a totalidade do texto aprovado pelo Congresso.

E disse que o veto foi sugerido pelo ministério da Justiça.

"Assumo essa responsabilidade pela sugestão do veto.

O presidente manteve a prisão de presos perigosos, que cometeram crimes graves.

Quem cometeu crime hediondo, latrocínio, estupro e quem cometeu crime com violência e grave ameaça.

Praticamente o direito a saída é restrita a um universo muito pequeno.

Hoje, estão no semiaberto 118mil presos.

Esse número agora é reduzidíssimo, de direito à dita saidinha, a estelionatário que dá cheque sem fundo.

O presidente se preocupou com o direito dos presos em visitas as suas famílias, princípio fundamental da Constituição, da dignidade humana, da individualização da pena", disse o ministro.