2 de Julho: multidão vai às ruas para comemorar a independência da Bahia a Tvbatatinhaweb fez a cobertura
Cortejo conta com a participação do presidente Lula e de lideranças políticas
- Categoria: Geral
- Publicação: 03/07/2024 20:40
Baianos e turistas participam, nesta terça-feira (2/7), das celebrações da Independência do Brasil na Bahia.
A data marca a expulsão das tropas portuguesas do solo brasileiro, em 1823.
O episódio contou com dias de conflitos entre brasileiros e portugueses com o objetivo de concretizar a Independência do país, anunciada em 7 de setembro de 1822, por Dom Pedro I, com o Grito do Ipiranga.
A comemoração dos 201 anos do Dois de Julho, nesta terça, conta com desfiles dos carros com os personagens do Caboclo e da Cabocla, símbolos da luta popular contra os portugueses.
Esse cortejo tem a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e de lideranças políticas.
Importância histórica
Um ano atrás, na comemoração dos 200 anos do Dois de Julho, o Correio conversou com historiadores sobre a importância histórica da data que concretizou a expulsão dos portugueses.
Ricardo Carvalho, historiador, destacou a participação das mulheres no processo de independência.
Como exemplo, ele citou a figura de Maria Quitéria, uma mulher que se vestiu de homem para compor o exército baiano na expulsão dos portugueses.
"Maria Quitéria é a Mulan brasileira, porque mesmo à revelia dos pais, ela consegue se disfarçar de homem, usar a farda de um cunhado e adotar o nome fictício de soldado Medeiros", explica o historiador.
Nascida em 1792, Maria Quitéria cresceu em uma região conhecida como São José da Itapororoca (atual cidade "Maria Quitéria", a 129 km de Salvador).
A participação feminina durante a Independência do Brasil na Bahia também abrange nomes como Maria Felipa e Joana Angélica.
A primeira, uma mulher escravizada liberta, liderou em janeiro de 1823 um grupo de mulheres para derrotar soldados e queimar embarcações portuguesas.
Já Maria Angélica, que era uma freira, morreu em defesa dos interesses brasileiros. Isso porque, em 1822, ela reagiu à invasão das tropas portuguesas ao Convento da Lapa, em Salvador, e foi assassinada com um golpe de baioneta na cabeça.