Em meio às investigações da Polícia Federal que apontaram a existência Agência Brasileira de Inteligência (Abin) paralela durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) negou ter envolvimento com o esquema que espionava jornalistas críticos e políticos opositores ao ex-presidente.

Em sua conta oficial no X (antigo Twitter), Flávio afirmou ter sido vítima de "pessoas de dentro" da Receita Federal e que "o grupo especial de Lula na Polícia Federal" o atacou. 

"Na ocasião em que eu fui vítima de criminosos que acessaram ilegalmente os meus dados sigilosos na Receita Federal, eles conseguem transformar isso em uso da Abin para me auxiliar de alguma forma", afirmou.

Confira a publicação do senador:

O grupo especial de lula na Polícia Federal ataca novamente! pic.twitter.com/hRUMdmd2En

— Flavio Bolsonaro (@FlavioBolsonaro)July 11, 2024

Blindagem a Flávio

A PF também localizou um áudio gravado pelo ex-diretor da Abin e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ) sobre uma reunião que discutiu a blindagem a Flávio.

No encontro, estavam o ex-presidente Bolsonaro e o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional Augusto Heleno. 

A gravação apurada pela Polícia Federal tem uma hora e oito minutos.

As investigações apontam que a Abin Paralela seria usada para "encontrar podres" de servidores da Receita Federal, para que eles fossem afastados e que isso fosse usado na defesa do senador.

A ideia teria partido de Ramagem. Uma advogada de Flávio Bolsonaro também estava presente.