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Tiro de fuzil na cabeça de Moraes Membros da 'Abin Paralela' falaram em dar tiro de fuzil

Investigação apura uso indevido da Agência Brasileira de Inteligência contra autoridades públicas. Militar do Exército e agente da PF discutiram impeachment e tiro no ministro do STF
  • Categoria: Geral
  • Publicação: 12/07/2024 07:06

Dois integrantes da chamada “Abin Paralela”, presos nesta quinta-feira (11/7) pela Polícia Federal, discutiram a possibilidade de acertar um tiro de fuzil na cabeça do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Na conversa interceptada pelos  investigadores, o agente da PF Marcelo Araújo Bormevet e Gomes Rodrigues, do Exército Brasileiro — ambos cedidos para a agência da época — defenderam o impeachment do magistrado e depois citaram que ele “merecia algo a mais” em referência à ideia de assassinato. 

“Esse careca tá merecendo algo a mais [sic]”, escreveu Giancarlo Gomes Rodrigues, militar do Exército.

Na conversa com Marcelo Araújo Bormevet, agente da Polícia Federal, os dois chegaram a falar de tiro de fuzil.

A ideia ocorre após o compartilhamento de uma notícia informando que Moraes havia afastado um delegado da PF do inquérito sobre ataque hacker ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

Giancarlo disse que o ministro merecia “algo a mais” e Bormevet respondeu: “7.62”, fazendo referência a um tiro de fuzil.

O militar do Exército ainda complementou: “head shot”, que significa tiro na cabeça.

Em outra conversa, os dois falam sobre um abaixo-assinado pelo impeachment de Alexandre de Moraes.

Bormevet envia para Giancarlo, que questiona do que se trata aquilo. Marcelo, então, responde: “Acho que tu é melancia”, fazendo referência aos militares que usam uniforme verde, mas seriam vermelhos, ou seja, de esquerda, por dentro.

Nesta quinta-feira, foi realizada a 4ª fase da Operação Última Milha, que visa de desarticular organização criminosa criada para o monitoramento ilegal de críticos ao governo Bolsonaro com produção de notícias falsas e utilizando-se de sistemas da Abin.

Foram cumpridos cinco mandados de prisão preventiva e sete mandados de busca e apreensão, expedidos pelo STF, em Brasília, Curitiba, Juiz de Fora, Salvador e São Paulo.