Gilmar diz que inquérito das fake news aberto por Toffoli preservou a democracia
Magistrado parabenizou Dias Toffoli por completar 15 anos de atuação na suprema corte
- Categoria: Geral
- Publicação: 24/10/2024 19:13
O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou, nesta quarta-feira (23), que o ministro Dias Toffoli " preservou a democracia" ao instalar o inquérito das fake news e nomear o ministro Alexandre de Moraes como relator do inquérito.
A declaração ocorreu durante a sessão plenária em que os magistrados parabenizaram Toffoli por completar 15 anos atuando na corte.
Um livro também será lançado em homenagem ao magistrado.
"Não podemos nos esquecer do assim chamado inquérito das fake news, que tem uma relevância histórica que talvez a vista ainda não alcançou.
Não só a sua decisão de instaurar o inquérito, mas também a designação do ministro Alexandre, como seu relator, foi decisiva para que a democracia fosse preservada no Brasil.
Esses dois fatos só já seriam suficientes para eternizar sua passagem pelo STF ", disse Gilmar.
Em resposta descontraída, o ministro Alexandre de Moraes disse que "um dia irá perdoá-lo" por conta de ter escolhido o nome dele como relator da investigação.
"Apesar do que ele fez comigo, com a designação do inquérito, mesmo assim eu sempre continuei gostando do ministro Dias Toffoli e um dia eu hei de perdoá-lo por isso", disse Moraes.
O inquérito das fake news foi aberto de ofício por Toffoli, ou seja, sem que existisse um pedido formal apresentado na corte para o início das investigações.
As diligências apuram ataques contra o Supremo, assim como seus ministros, principalmente pelas redes sociais.
O inquérito foi aberto em 2019, anos antes dos atentados de 8 de janeiro, quando extremistas invadiram as sedes dos Três Poderes e depredaram prédios públicos em Brasília.
A investigação ainda segue aberta e causa controvérsias desde o início por surgir a partir de uma visão ampliada do poder do regimento interno da corte.
O livro com a biografia de Toffoli é formado por artigos escritos por juristas, políticos, jornalistas e demais personalidades, como os ex-presidentes Michel Temer e José Sarney. Toffoli chegou no Supremo em 2009, indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva em seu segundo mandato.