Deputado é alvo da PF por desvio de cota parlamentar e falsificação de documentos
Além do parlamentar, um de seus assessores também foi alvo da operação. Na apreensão de hoje, os policiais encontraram R$ 72 mil em espécie com ele
- Categoria: Geral
- Publicação: 25/10/2024 14:34
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) é um dos alvos de uma operação da Polícia Federal realizada na manhã desta sexta-feira (25/10) que apura a atuação de uma associação criminosa suspeita de desviar recursos públicos da cota parlamentar e falsificar documentos para criar uma Organização de Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP).
A informação foi confirmada ao Correio por investigadores que conduzem o caso. Os mandados, expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), estão sendo cumpridos em Brasília, Cidade Ocidental (GO), estão sendo cumpridos em Brasília, Cidade Ocidental (GO), Valparaíso de Goiás Aparecida de Goiânia e Goiânia.
Além do parlamentar, um de seus assessores também foi alvo da operação. Na apreensão de hoje, os policiais encontraram R$ 72 mil em espécie com ele.
Segundo as investigações, o objetivo do grupo era destinar verbas parlamentares à OSCIP criada.A operação foi batizada de “Discalculia” — uma referência ao transtorno de aprendizagem relacionado a números — devido à falsificação identificada na Ata de Assembleia da OSCIP, que usava uma data retroativa a 2003.
Curiosamente, o quadro social da organização, na data registrada, era composto por crianças de 1 a 9 anos.
Pelas redes sociais, o Gustavo Gayer se defendeu, afirmando que nunca cometeu nenhum crime.
“(Levei) busca e apreensão na minha casa. Eu que nunca fiz nada de errado, nunca cometi nenhum crime e estou sendo tratado como um criminoso pela nossa Polícia Federal e por Alexandre de Moraes (…) Eu não me envergonho de ter tomado busca e apreensão hoje, mas me envergonho de senadores e deputados que poderiam estar lutando para acabar com essa ditadura e optam por não fazer nada”, disse Gayer, em vídeo publicado em uma de suas redes sociais.
A assessoria do parlamentar também emitiu nota afirmando que não teve acesso aos detalhes da investigação.
Confira nota na íntegra
Uma operação da Polícia Federal a dois dias da eleição municipal, determinada por Alexandre de Moraes, nos causa bastante estranheza.
O que nós sabemos até o presente momento é que se trata de um processo físico e sigiloso, onde nem mesmo os advogados têm acesso de imediato ao seu conteúdo.
Já estamos providenciando a habilitação nos autos, que poderá ser admitida somente por Alexandre de Moraes, sem prazo certo e determinado.
Entendemos que ações deste tipo não podem ser deflagradas no ápice do processo eleitoral, posto que atos judiciários interferem diretamente na política local, o que coloca em xeque a seriedade das decisões.
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